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sábado, 7 de março de 2009

PREGUIÇA BAIANA


Preguiça baiana' é faceta do racismo.
A famosa 'malemolência' ou preguiça baiana, na verdade, não passa de
racismo, segundo concluiu uma tese de doutorado defendida na USP.
A pesquisa que resultou nessa tese durou quatro anos. A tese, defendida no
início de setembro pela professora de antropologia Elisete Zanlorenzi, da
PUC-Campinas, sustenta que o baiano é muitas vezes mais eficiente que o
trabalhador das outras regiões do Brasil e contesta a visão de que o morador
da Bahia vive em clima de 'festa eterna'
Pelo contrário, é justamente no período de festas que o baiano mais trabalha. Como 51% da mão-de-obra da população atua no mercado informal, as festas são uma oportunidade de trabalho.
'Quem se diverte é o turista', diz a antropóloga.
O objetivo da tese foi descobrir como a imagem da preguiça baiana surgiu e
se consolidou. Elisete concluiu, após quatro anos de pesquisas históricas,
que a imagem da preguiça derivou do discurso discriminatórios contra os
negros e mestiços, que são cerca de 79% da população da Bahia.
**O estudo mostra que a elevada porcentagem de negros e mestiços não é uma
coincidência.*
* A atribuição da preguiça aos baianos tem um teor racista.
A imagem de povo preguiçoso se enraizou no próprio Estado, por meio da elite
portuguesa, que considerava os escravos indolentes e preguiçosos, devido às
suas expressões faciais de desgosto e a lentidão na execução do serviço
(como trabalhar bem-humorado em regime de escravidão????).Depois, se
espalhou de forma acentuada no Sul e Sudeste a partir das migrações da
década de 40.
Todos os que chegavam do Nordeste viraram baianos. Chamá-los de preguiçosos
foi a forma de defesa encontrada para denegrir a imagem dos trabalhadores nordestinos (muito mais paraibanos do que propriamente baianos), taxando-os como desqualificados, estabelecendo fronteiras simbólicas entre dois mundos como forma de 'proteção' dos seus empregos.
Elisete afirma que os próprios artistas da Bahia, como Dorival Caymmi,
Caetano Veloso e Gilberto Gil, têm responsabilidade na popularização da
imagem. 'Eles desenvolveram esse discurso para marcar um diferencial nas
cidades industrializadas e urbanas.
A preguiça, aí, aparece como uma especiaria que a Bahia oferece para o
Brasil', diz Elisete. Até Caetano se contradiz quando vende uma imagem e diz:
'A fama não corresponde à realidade.Eu trabalho muito e vejo pessoas trabalhando na Bahia como em qualquer lugar do mundo'.
Segundo a tese, a preguiça foi apropriada por outro segmento:
a indústria do turismo, que incorporou a imagem para vender uma idéia de
lazer permanente 'Só que Salvador é uma das principais capitais industriais
do país, com um ritmo tão urbano quanto o das demais cidades.'
O maior pólo petroquímico do país está na Bahia, assim como o maior pólo
industrial do norte e nordeste, crescendo de forma tão acelerada que, em
cerca de 10 anos será o maior pólo industrial na América latina.
Para tirar as conclusões acerca da origem do termo 'preguiça baiana', a
antropóloga pesquisou em jornais de 1949 até 1985 e estudou o comportamento
dos trabalhadores em empresas. O estudo comprovou que o calendário das
festas não interfere no comparecimento ao trabalho.
O feriado de carnaval na Bahia coincide com o do resto do país. Os recessos
de final de ano também. A única diferença é no São João (dia 24 /06), que é
feriado em todo o norte e nordeste (e não só na Bahia).
Em fevereiro (Carnaval) uma empresa, cuja sede encontra-se no Pólo
Petroquímico da Bahia, teve mais faltas na filial de São Paulo que na matriz
**baiana (sendo que o n° de funcionários na matriz é 50% maior do que na
filial citada).
Outro exemplo: a Xerox do Nordeste, que fica na Bahia, ganhou os dois prêmios de qualidade no trabalho dados pela Câmara Americana de Comércio (e foi a única do Brasil).
Pesquisas demonstram que é no Rio de Janeiro que existem mais dos chamados
'desocupados' (pessoas em faixa etária superior a 21 anos que transitam por
shoppings, praias, ambientes de lazer e principalmente bares de bairros
durante os dias da semana entre 9 e 18h), considerando levantamento feito em
todos os estados brasileiros.
A Bahia aparece em 13°lugar. Acredita-se hoje (e ainda por mais uns 5 a 7
anos) que a Bahia é o melhor lugar para investimento industrial e turístico
da América Latina, devido a fatores como incentivos fiscais, recursos
naturais e campo para o mercado ainda não saturado.
O investimento industrial e turístico tem atraído muitos recursos para o
estado e inflando a economia, sobretudo deSalvador, o que tem feito inflar
também o mercado financeiro (bancos,financeiras e empresas prestadoras de
serviços como escritórios de advocacia, empresas de auditoria,
administradoras e lojas do terceiro setor).

Està na hora de acabar com este estereótipo de que o baiano é preguiçoso.
Muito pelo contrário, somos dinâmicos e criativos. A diferença consiste
na alegria de viver, e por isso, sempre encontramos animação para sair,
depois do expediente, para nos divertir com os amigos.


E TEM MAIS BAIANO NÃO NASCE.........ESTREIA

Elisete Zanlorenzi

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